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sábado, 26 de novembro de 2011

Duas Décadas de Educomunicação: da crítica ao espetáculo


Pesquisa: Duas Décadas de Educomunicação: da crítica ao espetáculo

Pesquisadora: Cláudio Messias

Orientador: Prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares 

Nível: Mestrado 

Resumo: O  modo  como  educadores,  comunicadores  e  profissionais  ou  pesquisadores advindos  das  mais  variadas  áreas  do  conhecimento  concebem  a  Educomunicação nascida  no  espaço  da  pesquisa  na  Universidade  de  São  Paulo  é  essencial  para  a legitimação  desta  nova  área  da  ciência.  São  agentes  que  inter-relacionam  oscampos  da  comunicação  e  da  educação,  agem  intervindo  em  espaços  da educação  formal,  não-formal  e  informal,  transformam  sujeitos  que  estão  em  fase cognitiva  e  alteram  realidades  em  uma  sociedade  permanentemente  impactada pela tecnologia. A práxis de tais educomunicadores, quando analisada, mostra que este conhecimento constituído é, ao mesmo tempo, saber popular e saber científico. Ou seja, a Educomunicação anterior à fase de sua legitimação continua a ocorrer sem  que  seus  fundamentos  sejam  atribuídos  a  parâmetros  e  paradigmas.  Surgem, daí, outras nomenclaturas para o mesmo processo que reúne senso comum e saber científico.  O ponto de referência  para isso  são as pesquisas desenvolvidas a partir do  Núcleo  de  Comunicação  e  Educação  da  Escola  de  Comunicações  e  Artes  da USP  que  reuniram,  em  dissertações  e  teses,  conteúdo  teórico  basilar  para  que  o conceito  de  Educomunicação  fosse  constituído,  no  final  dos  anos  1990,  como campo científico emergente. Nos anos que se seguiram essas reflexões iniciadas na pesquisa empírica passaram a fazer parte de projetos desenvolvidos em quase todos os  Estados  brasileiros.  Pesquisadores  da  inter-relação  comunicação/educação relacionavam, assim, suas práticas à Educomunicação conceituada pela ECA/USP, transformavam tais experiências em relato científico e apresentavam o resultado em papers  inscritos  nos  congressos  nacionais  anuais  da  Intercom.  Esse  movimento  de adesão ao conceito provoca situações em que (a) as mais variadas experiências de produção midiática em escolas são atribuídas à Educomunicação e (b) práticas que correspondem aos preceitos do novo campo da Educomunicação conceituado pela USP  são  denominadas  de  outras  maneiras  pelos  autores,  como,  por  exemplo,  comunicação/educação,  mídia-educação,  mídia  educativa,  educomídia,  entre outros pseudônimos. O posto, contudo, de campo científico legitimado, com regras e tensões internas, próprias, é da Educomunicação, que em 2011 dá nome a dois cursos de graduação, na USP e na Universidade Federal de Campina  Grande/PB. São conclusões de uma investigação científica edificada nos métodos qualitativos e quantitativos, resultado do debruçar sobre os bancos de dados (1) do Programa de Pós-graduação  da  ECA/USP,  onde  estão  as  dissertações  e  teses  que  focaram  o objeto da inter-relação comunicação/educação, e (2) da Intercom, cujos congressos nacionais  anuais  reuniram  o  que  foi  produzido  e  atribuído  à  Educomunicação  e outras  nomenclaturas  que  concebem  igual  objeto.  Isso  tudo  compreendido  no espaço-tempo de duas décadas, desde os ensaios do conceito, suas críticas internas e externas, até o espetáculo da reprodução.

Status: Defesa: 11/11/2011 

Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-24032012-102952/pt-br.php

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